PRO-file Nelson Rodrigues

Posted: Fevereiro 8, 2012 in Uncategorized

Nome: Nelson Saraiva Rodrigues

AKA: NelRod, que foi criado durante o meu período universitátio nos EUA pelos meus housemates. Um óbvio, digamos, copy/paste, ou melhor, template que foi utilizado de nomes de jogadores que surgiram nessa altura na MLB. Estou a falar especificamente de Alex Rodrigues (A-Rod) e Ivan Rodriguez (I-Rod). Tem tido alguma, mas pouca, aderência por cá.
Data de Nascimento: 13 Novembro 1972
Nascido em Pawtucket (AKA the bucket), Rhode Island, E.U.A.
Reside em Almargem do Bispo
Altura: 6’1” ; 1.86m
Peso: 100 kilos (rounded to the nearest 100)
Número na Camisola: 42
Posição em que jogas: Defesa
Canhoto / Destro / Ambi-destro: Destro
Weapon of Choice: Vileda Titan – Warrior Outlaw
Movimento preferido no Lacrosse: Na defesa, não há nada melhor que um belo body check. No ataque, não conheço bem os nomes dos moves – quadruple axel?
Inspiração: Posso dizer que a inspiração veio do Fred Goes, com quem joguei hockey em linha.
Algumas Perguntas
Baseball, Hockey e Lacrosse, ou seja, para ti, se é Americano é bom e tu tens que fazer, é isso? – “In England I was Portuguese and in Portugal I was English. Wherever I was somebody was missing.” Neste excerto da introdução de uma proposta para um livro da minha mulher, identifico-me bastante. Claro que no meu caso é EUA e não Inglaterra. Falando especificamete nas modalidades, no caso de baseball e do hockey eu já tinha uma base por ter nascido e passado a minha juventude e adolescência nos EUA. Sou claramete mais forte no baseball, porque, embora ter a experiência de jogar street hockey desde pequeno, comecei a andar de patins muito mais tarde. Se fosse canadiano, seria o contrário de certeza. Aqueles vizinhos norte-americanos nascem com patins nos pés! Como tinha esta base, sabia que podia acresentar algum valor às equipas onde jogava cá em Portugal. Mas também aprendi muito. Ninguém sabe tudo! No caso do lacrosse, é uma modalidade nova, estou a começar praticamente do zero. Pensando bem, e indo um bocado além destas três modalidades, de facto sempre gostei de qualquer coisa com pau e bola. Gosto, por exemplo, de ténis e golfe. Também sempre gostei de variar e de fazer algo diferente e original, que para Portugal, for the most part, é qualquer coisa que nao seja futebol.
Quais as grandes diferenças que encontras nestas modalidades? – Hockey e lacrosse são muito mais intensivos. Estás sempre em movimento. Corres muito. Suas muito. É bom para queimar calorias. Para um americano, mas não só, baseball tem um aspecto nostálgico. Também há momentos especificos no baseball em que corres muito – fazes sprints, tens de reagir rapidamente. O basbeall tem muitos pomenores, que, para quem  não foi criado com isto, é muita confusão. Demora muitos muitos anos a interiorizar tudo. A luta pitcher/batter – em que o pitcher tem um arsenal de bolas e tem como objectivo baralhar o timing do batter – é fantástico. O jogo dos sinais que serve para dar ordens, ao pitcher e ao corredor, é bastante divertido. E claro, dar uma bela cacetada numa bola dá um prazer enorme. No lacrosse, tambem se dá cacetadas, mas neste caso é nos outros jogadores, e isto tambem é muito divertido. E o lacrosse partilha o objectivo geral do hockey e do futebol –movimentacão de uma bola (ou puck) entre jogadores de uma equipa, culminando com a entrada da bola dentro da baliza – êxtase. Uma sensação que não é tao frequente para um defesa, mas se calhar por ser menos frequente, sabe melhor.
Quando saiste de Boston nos anos 90, já se sentia a existencia do Lacrosse ou na altura não se via, não existia, não representava nada? – Onde eu fui criado, em Rhode Island e Massachusetts, lacrosse não era uma daqueles modalidades que se via jogar nas comunidades. Tinha conhecimento que era uma coisa que se jogava mais ao nível universitário, e em zonas especificas dos EUA. Acho que soube mais tarde que também havia equipas universitárias em Rhode Island e Massachusetts, mas era bastante popular em outros estados do Northeast – naquela faixa de estados entre Connecticut e Virginia. Se calhar tinha também ideia que era popular nas universidades na Califórnia. Uma coisa é certa – lacrosse era visto como uma modalidade de elite – very waspy, indeed. Aqueles que chegavam já com um certo nível às universidades jogavam onde afinal? Em escolals privadas – boarding schools ou prep schools, que se pagavam, e bem, para frequentar. Agora já não deve ser bem assim, mas no meu tempo era.  De qualquer maneira, memso não sendo uma modalidade que tinha muita expressão óbvia na minha zona, na faculdade que eu frequentei (Universidade de Massachusetts at Amherst)  havia uma equipa. E no dormitório onde tive no meu sophmore year, havia um jogador da equipa no meu andar. Ele andava quase sempre com o stick na mão a fazer cradling e de vez em quando eu brincava toss com ele. Nao só de lacrosse.
És o jogador mais fisico de Lisboa, sobre isso não há dúvidas, quando é que te vamos ver a criar terror junto dos adversário e não junto dos colegas? – Let’s get physical, physical… desculpa. Distraí-me. Estava a pensar noutra coisa. Vamos lá. Ser um jogador físico vem com certeza do hockey. Sempre adorava esta parte da modalidade. É um aspecto do jogo que ainda existe ao nível profissional (NHL) porque ninguém tem a coragem de eliminar de vez este componente que está enraizado na modalidade, para os norte-americanos particularmente. Posso dizer hoje que estou mais soft. Sou afinal um homem casado com dois filhotes! Tenho amigos que já me disseram que perdi o meu “edge”. Tenho um que teve a lata de me dizer que estou “sloppy around the edges”. Mas quando tiver a oportunidade de jogar contra outra equipa, com certeza que vou fazer o melhor para criar terror. Mas dentro dos meus limites!
Na posição em que jogas, a meu ver, é «obrigatório» alguma protecção, falo concretamente de um Shoulder, algo que tu não pareces valorizar, és mesmo doido ou és mesmo um duro? – Como disse anteriormente, sou “soft”. “Super squidgy soft”. Portanto o oposto de duro. Digamos que já tenho protecção, na forma de airbag natural. Já houve colegas da equipa que me perguntaram sobre as protecções, e a resposta foi esta: estou na defesa, dou muito mais porrada que eu recebo, portanto são os avançados que precisam mais destas protecções. Aliás, esta resposta também foi dada por um defesa de uma equipa qualquer num desses muitos vídeos que estão no perfil do Lisboa Lacrosse no FB. De qualquer maneira, quando chegar a altura de jogar contra outras equipas, e se essas equipas forem mais violentas, com certeza vou pensar no assunto.

Queres deixar uma mensagem? – Lacrosse tem muito potencial de crescer porque o conceito de meter uma bola dentro da baliza é simples e parecido ao desporto mais popular do mundo,  o futebol. O facto de o stick poder ser utlizado para outras coisas (apanhar camarão ou fruta) pode ser um atractivo. O único entrave que eu vejo, para Portugal e nos próximos tempos por causa da conjuntura, são os custos em relacão à aquisição de todo o material necessário para jogar. Se o objectivo for para crescer a modalidade e atrair muitos jogadores, tem de haver uma estratégia bem pensada, mesmo com os poucos recursos que há, de divulgação nas escolas, criando equipas de escalões. Arranjar patrocínios também e importante.

Para a semana, mais um PRO-file, já sabes, sempre às quartas.

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