PRO-file Eduardo Costa

Posted: Dezembro 14, 2011 in Uncategorized

Esta semana em PRO-file, temos o Eduardo Costa, que com as suas defesas, provoca lágrimas em muito homem de barba rija…

Nome: Eduardo Costa
AKA: Peugas, a minha alcunha de sempre
Data de Nascimento: 12/8/90
Nascido em Lisboa
Reside em Margem sul!
Altura: 1,78m
Peso: 62kg
Número na Camisola: 1
Posição em que jogas: Guarda-redes
Canhoto / Destro / Ambi-destro: Destro
Weapon of Choice: Até agora só usei Money Goalie da Brine, mas por enquanto o mais barato é a minha escolha 🙂
Movimento preferido no Lacrosse: Uma excelente defesa 🙂
Inspiração: Ver jogos e vídeos dos melhores guarda-redes

Algumas Perguntas

Sabendo que jogavas Hockey Inline, nao foi dificil fazer com que experimentasses o Lacrosse. Agora pergunto, porque é que continuaste? O que é que te agarrou ao Lacrosse? – Já conhecia o lacrosse antes de começar a jogar. Achei um desporto interessante, pela velocidade, a capacidade técnica necessária e o contacto físico, portanto não foi difícil ficar agarrado ao Lacrosse quando comecei a jogar. Para além disso o lacrosse parece-me poder ter no futuro um nível de competição que o Hockey neste momento não tem.

Começaste por jogar na frente, na altura, com poucos jogadores, não havia posições definidas, mas, jogarias como MF ou A. Até que, um belo dia passou qualquer coisa na tua cabeça e foste à baliza e a verdade é que estiveste muito bem e nunca mais mudaste de posição. Quais as grandes diferenças que vês numa posição e noutra? – O lacrosse exige um pouco de individualismo. Não digo isto num mau sentido, mas muitas vezes as jogadas são decididas em dodges e com base em arrancar para cima do adversário e passar por 1 ou 2 defesas. Isso não faz muito o meu estilo de jogo, em qualquer modalidade. Prefiro ser mais um organizador de jogo e utilizar passes. Para além disso, jogava muitas vezes à baliza futebol e não havendo qualquer candidato quando arranjámos uma baliza para treinar, decidi experimentar. Gostei, apesar das várias nódoas negras, e disseram-me que era bom naquilo. Portanto decidi ficar. Não digo que não pudesse continuar à frente, claro que com treino e melhorando podia-me adaptar. Alguém tem que organizar o ataque no lacrosse, afinal de contas, mas guarda-redes pareceu-me a posição certa para mim.

Que prazeres te dá a baliza que não tens como MF ou A? – Um pouco do que disse a cima. A guarda-redes tenho também a responsabilidade de coordenar a defesa e usar de uma maneira diferente a visão de jogo. E é interessante desiludir os adversários quando se faz uma excelente defesa.

Estiveste recentemente na Polónia e aproveitaste para jogar Lacrosse, que diferenças viste entre a realidade Portuguesa e a da Polónia? – Não é comparável. O lacrosse na Polónia já existe há mais de 5 anos enquanto por aqui existe há 2/3. A mim, parece-me ser isso que faz a diferença. As equipas mais antigas de Wroclaw e Poznan têm uma qualidade e uma quantidade de jogadores bem acima da nossa, mas completamente normal para quem treina há mais tempo. E já existem 5 equipas no país todo o que permite haver mais jogos e mais competição, que por sua vez ajuda a melhorar os jogadores e arranjar mais jogadores, equipas e apoios. Na Polónia também beneficiam da proximidade de potências do Box Lacrosse com a Rep. Checa ou a Eslováquia, pelo que têm oportunidade de praticar esses desportos. No entanto penso que é completamente possível alcançar a realidade polaca a curto prazo.

Há exemplos Polacos que entendas como bons para aplicar em Portugal? – Não vi nada de especial, mas também jogava numa equipa relativamente recente (Kraków Dragons). Era interessante haver o campeonato nacional, mas claro que o número de equipas é bem superior ao nosso. Infelizmente não pude participar, mas achei interessante o facto de haver um training camp no verão com um treinador norte-americano. Já foi feito em Portugal e deve ser repetido com maior frequência.

Sendo tu um dos membros mais activos da Associação Portuguesa de Lacrosse, o que gostarias de ver acontecer no Lacrosse em Portugal? – Mais equipas e mais jogos. Já reafirmei várias vezes, e por experiência com o Hockey, que não há nada mais negativo para uma modalidade do que não haver jogos e/ou competição. Claro que estamos no início e as coisas devem ser bem preparadas, mas neste momento há duas equipas com uma base de jogadores com alguma qualidade, pelo que se poderiam organizar alguns jogos. Espero também que entretanto surja algum interesse pela modalidade noutras cidades, como por exemplo no Porto, para aparecerem mais equipas e para podermos fazer uma competição verdadeiramente portuguesa nos próximos anos.

É sabido que fazes os comentários dos jogos da NHL na Sport TV, quando é que vamos ter o prazer de te ouvir a fazer o mesmo para jogos de Lacrosse? – Isso infelizmente não depende de mim. Neste momento não há jogos de Lacrosse em canais de televisão em português, pelo que não vão ter o prazer de ouvir a minha voz pelo vosso televisor tão depressa, ahah. Disfrutemos dos jogos na ESPNAmerica em inglês por agora. Pelo menos é com pessoas que realmente sabem de lacrosse ao contrário de mim 🙂

Queres deixar uma mensagem? – Que continuemos todos a trabalhar em prol do lacrosse e para desenvolver esta modalidade. É a modalidade que mais cresce nos EUA e não há razão para não ter sucesso em Portugal, como está a ter em tantos países da Europa. Mas como os pioneiros, temos que dar uma ajuda.

Em termos de jogo, defender é tão importante como atacar, nunca deixem o vosso guarda-redes fazer o trabalho todo 🙂 É muito difícil treinar e ensinar defesa, excepto com prática. Não há movimentos técnicos para repetir até à exaustão como passes ou remates, mas há posicionamentos para estudar e erros para rever. Estejam atentos aos detalhes quando veem jogos na televisão e oiçam o que o vosso guarda-redes vos diz.

Para a semana, mais um PRO-file, já sabes, sempre às quartas.
Comentários
  1. Rui Conde diz:

    Infelizmente, o Inline Hockey, n tem qq chance de crescimento.
    Os ringues de Hoquei existentes, n permitem q o Inline Hockey atinja algum nivel visto q as dimensões são mto pequenas, face às regulamentares de Inline Hockey q variam entre 56.40 m * 25.91 m tamanho máximo e 44.20 m * 18.81 m tamanho minimo. Apesar desta variação, o comprimento minimo para alguma competição oficial é de 50.29 m, bem diferente dos ringues q vão existindo em Portugal q n chegam a ter 40m de comprimento e o piso n é o mais indicado para fazer o puck deslizar, para alem disso, nem balizas de Hockey existem pelo q quem observa se deve questionar pq raio o goalie está de pé e pq raio existem as 2 modalidades…

    Iniciativas de aproximar pessoas do Hockey c a introdução ao FloorBall são na minha opinião contra-producentes, o q vai acontecer, é q quem n sabe patinar mas q até é criativo, vai encontrar uma facilidade no FloorBall q nunca vai ter no Hockey, logo, essa jogador vai ficar pelo FloorBall e vai virar as costas de vez ao Hockey.
    (nada contra o FloorBall q fique claro)

    A juntar a estes problemas (já graves) a falta de apoios por parte da FPP.

    Acho mesmo q n há volta a dar, infelizmente…

  2. lisboalax diz:

    Esta foto, deve ter sido tirada depois do Eduardo Costa ter sido MVP dos Krakow Dagons e ter ganho como prémio um SixPack de cerveja.

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